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quinta-feira, 12 de junho de 2014

DEPOIS DE LÚCIA - 2012

Después de Lucía, 2012
Legendado, Michel Franco
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: espanhol
Legendas: Pt-Br
Duração: 103 min
Tamanho: 1,45 GB
Servidor: Mega (Parte única)

LINK
Parte única

SINOPSE
Quando a esposa de Roberto (Gonzalo Vega Jr.) morre, a relação dele com sua filha Alejandra (Tessa Ia), de 15 anos, fica abalada. Para escapar da tristeza que toma conta da rotina dos dois, pai e filha deixam a cidade de Vallarda e rumam para a Cidade do México em busca de uma nova vida. Alejandra ingressa em um novo colégio, e sentirá toda a dificuldade de começar de novo quando passa a sofrer abusos físicos e emocionais. Envergonhada, a menina não conta nada para o pai, e à medida que a violência toma conta da vida dos dois, eles se afastam cada vez mais.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.2


ANÁLISE

Tema recorrente nas artes, o luto tem facetas diversas no cinema. Em Depois de Lucía (Después de Lucía), drama em sintonia com a safra de filmes mexicanos que circulam festivais nos anos 2000, quase sempre secos e agressivos, às vezes beirando o sadismo, o luto assume a forma da autopenitência.
Michel Franco

Viúvo recente, Roberto e sua filha Alejandra, de 15 anos, deixam o balneário de Puerto Vallarta e se mudam para a Cidade do México, onde recomeçam suas vidas em um novo emprego e uma nova escola, respectivamente. Nenhum dos dois lida bem com a mudança, porém, mas Alejandra sofre mais, quando se torna alvo de bullying no colégio.
Quando logo descobrimos que a Lucía do título é a mãe de Alejandra, morta em um acidente de carro, começa a ficar mais claro o sentimento de culpa que toma os dois personagens. Desde o primeiro plano-sequência do filme, quando um veículo é abandonado no meio do tráfego, entendemos que pai e filha têm dificuldade em conviver com más lembranças.
O que vem a seguir é uma sucessão violenta de outros abandonos, que despem os dois personagens desse fardo que carregam, desde o cabelo que Alejandra corta sozinha até a decisão do pai de largar-se na incivilidade. O que o diretor Michel Franco procura dizer neste seu segundo longa-metragem é que o mundo - particularmente o da Cidade do México - não consegue amparar pessoas assim. Então quando Alejandra se torna alvo de uma violência (a escola só se mostra preparada para inibir o uso de drogas, não o bullying), que ela entende como um castigo, todos se veem incapazes de ajudá-la.
Dá pra discutir, a partir daí, se é válida ou forçada essa aproximação que Franco faz entre o bullying e o luto. Do seu lado, ao invés de tentar separar as duas coisas, o diretor opta pelo impacto, para misturá-las. O barulho do carro que abre o filme é o mesmo barulho da lancha que o encerra; Depois de Lucía tem na cacofonia seus dois marcos definidores.
Assim como também é cacofônico esse realismo sem meias palavras feito pelo cinema mexicano atual, que teve em Alejandro González Iñárritu seus esboços e depois levou aos primeiros filmes de Carlos Reygadas, ao Os Bastardos de Amat Escalante (protegido de Reygadas, não por acaso) e deteriorou em Ano Bissexto de Michael Rowe.
Talvez seja a influência de outra escola contemporânea de realismo, a romena, que também faz sucesso nos festivais (Depois de Lucía ganhou a mostra Um Certo Olhar em Cannes em 2012), mas enquanto os romenos frequentemente são mais reflexivos, colocando a história do seu país em contexto, esse realismo mexicano parece mais curto, reativo, como se colocasse em prática só a primeira solução encontrada para um problema proposto, e não necessariamente a melhor solução.
Fonte: análise retirada do site Omelete
Screenshots




2 comentários:

  1. Oportunidade rara de conhecer melhor o atual cinema mexicano, tão pouco divulgado por aqui. Um tema sobre o bullying é sempre interessante, mas acredito que é apenas uma metáfora perturbadora sobre a decadência familiar. Apesar do seu realismo incômodo(mas honesto),merece ser visto. Obrigado!

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    1. O bullying como auto-penitência. Gostei bastante do filme, principalmente das atuações da atriz principal e do seu pai, mas a ideia do bullying como auto-penitência, aliada com a câmera muito estática, chapada, deixam o filme um pouco arrastado e cansativo. De qualquer modo, um ótimo filme dessa geração do cinema mexicano.

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