Importante

Para que o blog continue é fundamental que vocês deixem o filme compartilhando por pelo menos 3 vezes o tamanho do arquivo original. Se um arquivo tem o tamanho de 1gb, é importante que vocês deixem compartilhando até atingir 3gb. Isso ajudará a manter o arquivo com seeds (sementes) para que outras pessoas possam baixam os arquivos.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O SÉTIMO SELO - 1957

Det sjunde inseglet, 1957
Legendado, Ingmar Bergman
Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: sueco
Legendas: Pt-Br
Duração: 96 min
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (Parte única)

LINK
Parte única

SINOPSE
Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.3


ANÁLISE

A primeira reação de um espectador típico do século XXI a “O Sétimo Selo” (Det Sjunde Inseglet, Suécia, 1957) é, normalmente, de estranhamento. A obra-prima de Ingmar Bergman não se encaixa no formato narrativo popularizado pela cultura cinematográfica baseada em Hollywood. Desde que a indústria cinematográfica começou a se firmar, nos idos da década de 1920, a maioria dos filmes tenta reproduzir a realidade. Apenas exceções buscam vias alternativas – e “O Sétimo Selo”, que é baseado em uma metáfora engenhosa e ao mesmo tempo muito simples, se afasta completamente do realismo, incluindo referências e alegorias de caráter religioso que expõem, de forma direta, o grande tema da obra: o silêncio de Deus.
Ingmar Bergman
O tema principal de “O Sétimo Selo” é, também, a temática dominante da primeira metade da obra de Bergman, composta de 62 longas-metragens. De meados dos anos 1940 até o princípio dos anos 1960, o diretor sueco trilhou diversas matizes do registro dramatúrgico – comédias, dramas, tragédias – através de variações do mesmo tema, que poderia ser resumido em uma pergunta: se Deus realmente existe, por que ele não fala, ou não interfere no destino trágico da humanidade? Vale ressaltar que aquela era a época do medo do holocausto nuclear, e a Europa ainda vivia o rescaldo da destruição causada na II Guerra Mundial. Tanto sangue derramado havia mergulhado os europeus, os artistas em especial, em uma fase de torturantes dúvidas religiosas.
Este trauma era ainda mais forte, em Bergman, devido ao background pessoal. Filho de um pastor luterano, o cineasta sueco cresceu em um ambiente de enorme repressão. Era constantemente surrado pelo pai, e sofria com a indiferença sentimental que ele lhe dedicava. Ao mesmo tempo, foi doutrinado desde pequeno através de uma educação protestante bastante rígida. O resultado foi o desenvolvimento de sentimentos ambivalentes, no que se refere à religião. Bergman se dizia ateu, mas fez diversos filmes cuja noção de Deus estava fortemente presente. Muitos críticos vêem, na postura crítica do sueco ante a religião, uma revolta contra o próprio pai, e não propriamente contra Deus.
Tudo isso se infiltrou com força em “O Sétimo Selo”, cuja história nasceu de uma peça teatral. Ao adaptar o enredo para o cinema, o cineasta optou por manter os traços não-realistas oriundos da origem nos palcos, e incrementou esta opção através de uma estética derivada de movimentos como o expressionismo, que adotavam técnicas radicais de iluminação para sugerir um cenário além da realidade. Com uma produção pobre, Bergman filmou quase tudo em estúdio, inclusive as cenas que se passam em florestas, o que justifica o uso de muitos planos com a câmera postada próxima aos atores. A história reúne esquetes em torno de uma situação única: uma partida de xadrez, disputada ao longo do filme, entre um homem comum e a Morte.
Bergman decidiu ambientar o enredo na Idade Média por uma razão objetiva: devido à Peste Negra e ao contexto das Cruzadas, aquele é o período histórico que melhor se assemelhava aos sangrentos anos 1950, e portanto se prestava muito bem a discutir o problema do silêncio divino. O protagonista virou um cavaleiro retornando das Cruzadas (Max von Sydow). A imagem adotada para a morte foi exatamente aquela oriunda da Idade Média – um ser encapuzado, vestido de negro, que porta uma foice. Além disso, a fotografia (iluminação, enquadramentos) e a cenografia foram ajustadas para que as diversas seqüências, organizadas de forma não-linear, reproduzissem imagens de afrescos pintados em uma igreja centenária que Bergman freqüentava quando criança.
Continue lendo Cinereporter

Screenshots


4 comentários:

  1. Na minha modesta opinião, acredito que nunca haverá outro cineasta como Bergman capaz de realizar filmes com tamanha complexidade sobre a natureza humana. Nenhum cineasta nos convida tanto a refletir como ele.E como diria Woody Allen: Bergman é um gênio! Difícill não concordar com ele. Parabéns pelo blog!

    ResponderExcluir
  2. Respostas
    1. Então aguarde que logo mais teremos mais Bergman no Convergência. Um pequeno reparo para uma grande ausência aqui no blog.

      Excluir
    2. Por isso que eu amo esse blog!

      :D

      Excluir

Política de moderação do comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Dessa forma, o Convergência Cinéfila reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética, ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Para a boa convivência, o Convergência Cinéfila formulou algumas regras:
Comentários sobre assuntos que não dizem respeito ao filme postado poderão ser excluídos;
Comentários com links serão automaticamente excluídos;
Os pedidos de filmes devem ser feitos no chatbox.

Att.,
Convergência Cinéfila