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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CIDADE DAS ILUSÕES - 1972

Fat City, 1972
John Huston


Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 110 min.
Tamanho: 699 MB
Servidor: Mega


SINOPSE
Billy Tully (Stacy Keach), um boxeador já nos seus 30 anos, longe do auge, conhece a promessa Ernie Munger (Jeff Bridges) e torna-se uma espécie de mentor do jovem lutador, que tenta iniciar uma carreira de sucesso.
Fonte: AdoroCinema


ANÁLISE


por Marcelo Rennó


Em 1976, o primeiro filme da série Rocky estreava nos cinemas, e fez um sucesso estrondoso no mundo inteiro, sobre um lutador que sabia vencer todos os prognósticos e deixar a sua marca, sob uma trilha sonora inspiradora e empolgante. Cidade das ilusões, dirigido por John Huston e adaptado por Leonard Gardner de seu próprio livro, é quase como se fosse a história de um Rocky Balboa que não dá certo. Como se o Rocky de Sylvester Stallone nunca recebesse a chance de brigar pelo título, e passasse a carreira inteira participando de lutas menores, e sofrendo por ter que quebrar polegares de quem não pagasse ao agiota que o contratava.

Os Rockys fracassados do enredo de Cidade das ilusões são Billy Tully (Stacy Keach), um boxeador já nos seus 30 anos, em franco declínio, e Ernie Munger (Jeff Bridges), que ele reconhece como uma promessa e o estimula a começar a lutar. Ruben (Nicholas Colasanto) começa a treiná-lo, enxergando no jovem Munger uma chance de aparecer um novo grande lutador, e já começa a imaginá-lo lutando em grandes estádios. O filme até tapeia o espectador no comecinho, dando a impressão de que será mais um de centenas de filmes onde um jovem boxeador surge do nada para virar campeão mundial. Mas a realidade logo aparece, para derrubar as ilusões. Este filme de John Huston, aliás, se esmera em mostrar a realidade derrubando a esperança, nocauteando-a sem parar. Mas ela continua levantando, mesmo que cada vez mais grogue, e inclusive, a partir de certo ponto, sem saber sequer o porquê de continuar levantando. A busca pela glória é logo suplantada pela árdua luta por uma mera sobrevivência.

John Huston sempre se interessou por fracassados e sonhadores, talvez até por ter sido um por um bom tempo. Mesmo sendo um filho de Walter Huston, ele demorou a emplacar na vida, trabalhando em diversos empregos, e inclusive foi um campeão de boxe amador dos pesos leves, onde levou muita pancada (seu nariz nunca mais foi o mesmo). Chegou a praticamente mendigar na França nos anos 30, e inclusive acredita-se que tenha atropelado (e consequentemente matado) a esposa do ator brasileiro Raul Roulien em Los Angeles, de tão bêbado que andava o tempo todo. Mas John Huston afinal deu certo na vida, era um real talento, escrevendo e dirigindo. O problema maior é que boa parte das pessoas não tem um talento desta estatura. A maioria, por mais que se doa reconhecer, fracassa. E John Huston se compadece disso, apesar de que, em Cidade das ilusões, não tenha aliviado em nada seus personagens. Em O tesouro de Sierra Madre, por exemplo, seu filme mais famoso, os personagens descobrem ouro, suas esperanças encontram um mínimo de base sustentável. Mas a realidade de Cidade das ilusões é árida, é como se os três mineiradores nunca descobrissem ouro em momento algum e passassem o resto da vida na miséria, sonhando com riquezas infinitas, apesar de sempre dormirem na mesma pensão vagabunda.

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