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sexta-feira, 26 de abril de 2013

ESTRANHOS NO PARAÍSO - 1984

Stranger than paradise, 1984
Legendado, Jim Jarmusch

Classificação: Bom

Formato: AVI
Áudio: inglês e húngaro 
Duração: 89 min.
Tamanho: 690 MB
Servidor: Mega (2 partes)

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SINOPSE
Willie é um desocupado morando num pequeno apartamento em Nova York, que um dia recebe a visita inesperada de uma jovem prima Eva, vinda da Hungria. Eles não se dão muito bem e, assolados pelo tédio, resolvem ir visitar a tia Lotte deles em Cleveland. Eva fica morando com a tia, e Willie volta para a grande maçã, mas um tempo depois retorna à Cleveland com um amigo para tirar Eva de lá, e fazerem os três uma viagem para a ensolarada Flórida.  

Fonte: Cineplayers
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.5


ANÁLISE

Tanto em Nova York, Cleveland ou Flórida, tanto na praia quanto no frio, em apartamentos, corredores e casas humildes, o tédio nos aprisiona. No preto-e-branco, no cinzento, na estática. Durante a quase uma hora e meia no filme, Jim Jarmusch nos apresentará sequências filmadas em um único plano, não de forma virtuosa ou impressionante. Pessoas viajando de carro, pessoas jogando cartas, assistindo televisão. Simples assim. A elipse entre uma cena é uma tela preta. Sem falar muita coisa profunda (ou melhor, nada de profundo). Nós mal falamos, e quando falamos, é para discussões de quinze segundos, ou constatações idiotas.
Essa atmosfera domina cada fotograma do filme, e o tempo esculpido por Jarmusch é o tempo das camadas baixas, dos derrotados, dos medíocres e dos sem-futuro. Não há vez para quem não alcançou a alta roda, não há chance para quem não se deu bem na vida. Resta o tédio, as conversas sobre música, bebida e cigarro, sobre cultura inútil, restam os jogos, as andanças pela praia, os movimentos mínimos de câmera, a falta daqueles cortes que o mercado americano nos acostumou a exigir. A falta de grandes atuações, a presença de atores deitados, fumando e resmungando e não representando muita coisa – pro mundo, pra dramaturgia, só pro filme.

Claro, há também a presença de espírito insistente do understatement, dos fatos tristes e desoladores serem acobertados pela camada de ironia e humor utilizados como eufemismo. O ridículo, o improvável, o tosco e o pitoresco, a assimetria e a imperfeição de lugares, de pessoas e de situações distanciam a película do transcendente, do especial, do distinto e do sublime. As sequências de Estranhos no Paraíso tem o ritmo da vida, tem a partitura de pessoas paradas, dos sons (sejam eles de aparalhos eletrônicos ou da natureza), das frases curtas, dos suspiros de quem não tem nada para fazer. Tudo é retratado como o ícone do desesperado acomodado, da desistência, enfim; o espírito de “nós somos perdedores, temos que viver com isso”.
E em todos os filmes posteriores, Jarmusch jamais mudou a essência que também estava contida neste. Azar de quem esperava a aventura, a ação e os muitos cortes, o suposto dinamismo erigido por um século de cinema. E continuamos testemunhando personagens tão desgraçados e miseráveis quantos os desta feita. Aquele desajuste tão grande quanto o de Screamin’ Jay Hawkins, que nem a Flórida nos salva.

Análise retirada do site Cinecafe















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