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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

DOMINGO SANGRENTO - 2002

Bloody sunday, 2002
Legendado, Paul Greengrass
Classificação: Bom

Formato: AVI
Áudio: inglês
Duração: 107 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mediafire (4 partes)


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SINOPSE 
O dia é 30 de janeiro de 1972. Na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, os cidadãos saem em passeata pelos direitos humanos. Sem motivo aparente, soldados britânicos atiram e matam 13 pessoas desarmadas e, a princípio, sem qualquer conexão com o IRA, o grupo que luta pela libertação da Irlanda do Norte. Esse episódio é conhecido como Domingo Sangrento e marca o começo do conflito que transformou-se em guerra civil, com muitos atos de violência e terrorismo. O filme acompanha, em estilo seco e realista, a vida de quatro homens envolvidos em ambos os lados do conflito.

Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB

ANÁLISE
Paul Greengrass expõe, em um rápido prólogo, a estratégia narrativa que usará para contar a história real de “Domingo Sangrento” (Bloody Sunday, Reino Unido/Irlanda, 2002). O cineasta inglês ilustra o clima de tensão e confronto, entre manifestantes irlandeses e militares ingleses, contrapondo duas narrativas paralelas que antecedem os eventos históricos de 30 de janeiro de 1972. Está claro, desde o primeiro segundo de projeção, que Greengrass se esforçará para obter um filme de objetividade quase jornalística. Ele quer abordar todos os ângulos dos acontecimentos e compor, desta forma, o retrato mais fiel possível da passeata pró-Irlanda que terminou com 13 mortos e culminou com uma guerra civil conduzida pelo IRA, nos meses seguintes.
Paul Greengrass
O filme começa no dia anterior. A narrativa é dialética. De um lado, Greengrass mostra a entrevista coletiva, em que líderes da Irlanda, capitaneados pelo deputado Ivan Cooper (James Nesbitt), confirmam que a passeata acontecerá, apesar de proibida pelo governo da Inglaterra. E reafirmam: será pacífica, sem agressões. Mas fazem isso com firmeza, em tom de desafio. Do outro lado, os militares ingleses escalados para reprimi-la se sentem ultrajados pela atitude. Preparam uma grande operação militar, com o uso de uma tropa de atiradores de elite. Estão prontos para tudo. A forma como os eventos são apresentados, a escalada da violência já parecia inevitável antes de ela acontecer. Claro que os envolvidos não tinham uma visão tão clara.
A partir do amanhecer do dia fatídico, o cineasta inglês aplica o estilo documental rigoroso pelo qual ficou famoso nos posteriores “A Supermacia Bourne” (2004) e “Voo United 93” (2006). A recriação de época é impecável, as atuações (todo o elenco, bastante numeroso, é desconhecido) estão soberbas, e o trabalho da equipe que captou as imagens, com câmeras coladas nos personagens, operadas manualmente e sem o uso de qualquer tipo de trilha sonora, é sensacional. O resultado é um filme urgente, vibrante, que recria com perfeição a maneira como a tensão levou ao caos, e então à violência, sem que nenhum dos dois lados do conflito tenha tido a percepção prévia da tragédia.
“Domingo Sangrento” tem também uma montagem simples e brilhante, que narra os acontecimentos do dia violento em quatro histórias paralelas. As duas principais dão continuidade às imagens mostradas no prólogo, acompanhando os líderes da passeata, especialmente Cooper, e o comando militar que monitora o movimento, nas ruas da cidade de Derry, à distância. Uma terceira vertente segue os chamados “pára-quedistas”, tropa de atiradores de elite que, escondida em um terreno, está pronta para agir em caso de emergência. A última vertente narrativa fica, desde o início do dia, com a família de um dos jovens mortos no conflito. O único senão é que as histórias são ligadas através de fades, com a tela negra e sem áudio. Isto interrompe o fluxo emocional das imagens, de tempos em tempos.
O retrato do dia trágico que emerge do filme é impressionante. Através das duas narrativas principais, observamos como cada lado do conflito tenta empurrar os limites da situação, testando os rivais, até um ponto em que a tensão se torna insuportável. A vertente da história dos “pára-quedistas” mostra como os militares perdem o controle da passeata, sem que tenha havido necessariamente uma ordem de massacre, como gostariam os mais exaltados. E a quarta narrativa dá o verdadeiro sentido da tragédia, ao ilustrar o tamanho da dor que a morte de um dos jovens – esperanças, sonhos e sentimentos de toda uma família destruídos por uma única bala – causa numa montanha de gente. Um filmaço, ao mesmo pungente e energético, sem jamais soar panfletário. Ganhou o Urso de Ouro em Berlim, em 2002.


Análise retirada do site Cinereporter


"Domingo Sangrento" foi há 40 anos

Na História mundial são alguns os domingos sangrentos de que há memória. Mas a tragédia que para sempre ficaria recordada como "Bloody Sunday" ocorreu a 30 de janeiro de 1972, faz hoje 40 anos, quando um protesto pacífico em Londonderry, na Irlanda do Norte, foi reprimido de forma violenta pelo Exército britânico, causando 13 mortos, seis deles menores, além de 17 feridos, um dos quais veio a falecer pouco tempo depois.

Entre sete mil a 10 mil pessoas marcharam nesse domingo nas ruas de Londonderry em defesa dos Direitos Humanos, apelando ao fim da política de "Internment" implementada pelo Governo britânico em 1971, na Irlanda do Norte, que permitia o aprisionamento, sem julgamento, de nacionalistas suspeitos de pertencerem ao movimento independentista IRA ou outros grupos radicais.

A manifestação pacífica, na qual os participantes eram católicos a favor da reunificação das "duas Irlandas", acabou em tragédia fatal para 14 famílias. No entanto, a investigação realizada de seguida, nada minuciosa, exonerava os militares britânicos de qualquer culpa no massacre, referindo que estes tinham aberto fogo apenas depois de serem atacados. Este relatório originou sucessivos movimentos de apelo a novas investigações, mais isentas, o que só acabou por acontecer em 1998, numa decisão do Governo trabalhista do primeiro-ministro Tony Blair.

Pedido de desculpas com décadas de atraso


O Inquérito Saville, criado em 1998 para analisar os acontecimentos do "Domingo Sangrento", terminou seis anos depois, em novembro de 2004, mas as suas conclusões só foram publicadas em 2010 e com uma inversão total no apuramento da verdade: afinal, nenhuma das vítimas estava armada e os soldados britânicos não fizeram qualquer aviso antes de abrirem fogo contra a multidão.

Quando o atual primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, anunciou publicamente os resultados da investigação em junho de 2010, acrescentou um pedido oficial e formal de desculpas às vítimas do massacre em nome do Governo do Reino Unido.


Ler mais em: aeiou.expresso.pt

Fotografias do Domingo sangrento































































































































































































Fotos retiradas de The Guardian



















































































































































































































































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